Instituto Pensar - Armas: EUA restringem acesso enquanto Brasil facilita compra

Armas: EUA restringem acesso enquanto Brasil facilita compra

por: Lucas Nanini 


Foto: Isaac Amorim/Agência MJ

Enquanto nos Estados Unidos o presidente Joe Biden anuncia medidas para o controle de armas, no Brasil os decretos do governo federal que facilitam a aquisição de armamentos e munições começam a valer a partir da próxima segunda-feira (12). A oposição apresentou projetos para impedir que a medida entrasse em vigor, mas as propostas foram retiradas da pauta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), nesta quinta-feira (8).

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Violência por armas é uma epidemia

Biden classificou a violência por arma de fogo como uma "epidemia?. A declaração foi feita durante anúncio das ações restritivas, nesta quinta. Entre as medidas apresentadas, então o incentivo a estados que suspenderem temporariamente o porte de arma para quem representa riscos, investimentos em programas de intervenção em comunidades com maiores índices de violência e restrição às "armas fantasmas?, artefatos montados em casa e que não são rastreados por não terem número de série e outras identificações.

"A violência com armas de fogo neste país é uma epidemia e uma fonte inacreditável de vergonha internacional. É uma epidemia, pelo amor de Deus, e tem que acabar.?
Joe Biden

PSB contra as armas

Partido Socialista Brasileiro (PSB) lançou dia 1º de abril a campanha "Desarme: PSB contra as armas!?. Outra medida do partido foi ingressar com uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar os decretos do governo federal que flexibilizam o controle de armas e munições no país.

Em meio à maior crise sanitária da história do país, o PSB defende que a prioridade no momento é pacificar a sociedade e concentrar todos os esforços para atuar em prol da imunização da população e no combate à Covid-19.

A campanha socialista teve início com o lançamento de uma série de vídeos chamando a atenção para os riscos causados pelas armas. A primeira publicação informa que "armas matam pessoas, interrompem sonhos e destroem famílias?. A peça termina com a mensagem "menos armas, mais vacinas?, fazendo referência à luta contra o coronavírus, que até esta sexta (9) levou à morte mais de 345 mil pessoas.

Na ação enviada ao STF contestando os quatro decretos do presidente Jair Bolsonaro, o PSB questiona pontos como o aumento de quatro para seis no número máximo de armas de uso permitido para pessoas com Certificado de Registro de Arma de Fogo. Outro item refutado pelos socialistas diz respeito à permissão a atiradores e caçadores registrados para que possam comprar até 60 e 30 armas, respectivamente, sem necessidade de autorização expressa do Exército.



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